Eduardo Fernandez; Patricia da Rosa. 2018. Astronium glaziovii (Anacardiaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Espécie endêmica do Brasil (Luz, et al. 2018), foi registrada no estado do RIO DE JANEIRO, municípios Guapimirim (Pereira 1), Niterói (Santin s.n.), Rio de Janeiro (Khulmann s.n.) e São Pedro da Aldeia (de Lima 5548). Segundo a Flora do Brasil 2020 a espécie também ocorre em Minas Gerais, porém o registro foi invalidado pela especialista (Heringer 263).
Árvore de até 28 m, endêmica do Brasil (Luz, et al. 2018). Popularmente conhecida como gibatão, foi coletada em Floresta Ombrófila associada a Mata Atlântica no estado do Rio de Janeiro. Apresenta distribuição restrita, EOO= 2552 km² quatro situações de ameaça e ocorrência em fitofisionomia severamente fragmentada. Estima-se que restem atualmente cerca de 15% da vegetação original da Mata Atlântica (SOS Mata Atlântica e INPE, 2018). Sabe-se que grande parte dos ecossistemas florestais fluminenses encontram-se fragmentados como resultado de atividades antrópicas realizadas no passado e atualmente, restando somente cerca de 20% de remanescentes florestais originais (SOS Mata Atlântica e INPE, 2018). Mesmo com ocorrência confirmada em Unidades de Conservação de proteção integral e no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018), o crescimento urbano acelerado da segunda maior metrópole do país (Lapig, 2018; Simões e Lino, 2003) e o aumento do desmatamento para áreas agrícolas e na intensidade na visitação de turistas (Barros, 2008; Soares, 2008) representam vetores de stress severos a perpetuação de A. glaziovii na natureza. Assim, a espécie foi considerada Em Perigo (EN) de extinção, pela sua distribuição restrita, valor de EOO e número de situações de ameaça. Infere-se declínio contínuo em EOO e qualidade e extensão do habitat. Recomenda-se ações de pesquisa (busca por novas localidades, tendências e números populacionais) e conservação (Plano de Ação) urgentes a fim de se garantir a perpetuação de A. glaziovii no futuro.
Descrita em: Notizblatt des Botanischen Gartens und Museums zu Berlin-Dahlem 11: 1007. 1934.
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 5.3 Logging & wood harvesting | habitat,mature individuals | past,present | national | very high |
Dados publicados recentemente (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018) apontam para uma redução maior que 85% da área originalmente coberta com Mata Atlântica e ecossistemas associados no Brasil. De acordo com o relatório, cerca de 12,4% de vegetação original ainda resistem. Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento, e a qualidade e extensão de áreas florestais encontram-se em declínio contínuo há pelo menos 30 anos (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 1.1 Housing & urban areas | habitat | past,present,future | national | very high |
Vivem no entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, os quais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço, seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua área original, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça de extinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismo predatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porque existe pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pela especulação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar floresta em área agrícola (Simões; Lino, 2003). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 1.3 Tourism & recreation areas | habitat | past,present | regional | high |
O turismo ocorrente no interior e arredores do Parque Estadual da Serra da Tiririca é realizado de maneira desordenada e com carência de fiscalização (Barros, 2008). O turismo é uma atividade muito intensa em toda a área do Parque Nacional da Tijuca (Soares, 2008). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada em: PARQUE ESTADUAL DA SERRA DA TIRIRICA (PI), PARQUE NACIONAL DA TIJUCA (PI), APA DO MORRO DOS CABRITOS (US), PARQUE ESTADUAL DA COSTA DO SOL (PI), ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA SERRA DE SAPIATIBA (US), MONUMENTO NATURAL MUNICIPAL DO PICO DO ITAGUARÉ (PI), ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE PETRÓPOLIS (US), ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA BACIA DO RIO MACACU (US). |
Ação | Situação |
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5.1.2 National level | on going |
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018). | |
Referências:
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Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |